A mensagem palatável, de fácil ingestão, tem permeado negativamente o púlpito de algumas, para não dizer, inúmeras denominações. Que Satanás doura a pílula é evidente, tentou a Jesus no deserto, usando a Palavra, porém, parte dela, para, a seu bel prazer, dar um sentido diferente, contrário ao que Deus anuncia pelos escritores bíblicos, inspirados por Ele.
Tal artimanha é largamente utilizada quando, dando uma impressão de veracidade, é falada desvirtuadamente, fora de contexto, para alcançar objetivos escusos e encher os bancos de "clientes" assíduos, a espera de certas bênçãos que o Senhor não garantiu ou prometeu.
Nunca dissemos que prosperidade material não seja bênção; que a saúde também não represente uma, mas é Deus em Sua infinita sabedoria, que as concede, de acordo com o Seu próprio querer e absoluta soberania.
O Apóstolo Paulo pediu três vezes por um livramento, não lhe faltavam fé e dedicação à obra, mas compreendeu e aceitou que a Graça em sua vida era suficiente. E é assim com relaçåo aos crentes fieis, que compreendem que certas faltas são, na verdade, acréscimos que mantêm ativa a respiração do espírito.
Para alguns, a recuperação da saúde física e o enriquecimento material são pontes que os conduzem facilmente ao abismo e a proteção do Senhor aos Seus filhos passam pela negação de certos favorecimentos e atributos pessoais. Isso não vem reforçar a ideia errada de que Deus nos quer pobres e doentes, mas, que devemos ser gratos e fieis em toda e qualquer circunstância, sabendo ter muito, ou tendo escassez em nossa vida! Também não significa que, ao longo da vida, deixamos de ser agraciados com bênçãos tais que nos revelem a supremacia da bondade de Deus, que responde pelo nome de misericórdia!
Sejamos humildes ao receber as benesses divinas, sem nos considerar superiores aos demais, ou prediletos do Pai, porque de nada somos merecedores, tudo são meros acréscimos, porque, acordar pela manhã já é uma benção que nos traz oportunidades preciosas de mudança, enquanto dispomos de tempo!
Alguns dos discípulos, ouvindo a Jesus em Cafarnaum, disseram não poder suportar o duro discurso; tendo alguns seguidores voltado atrás, convidados, em seguida, seus discipulos a se retirar caso desejassem:
"Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna".
Pedro compreendera o essencial, embora ainda não houvesse se convertido. João 60: 67 e 68.
E hoje, se nos lugares onde nos referimos no início, o Santo Evangelho fosse pregado com fidelidade, muitos não deixariam o Senhor? Talvez, sim!
Que Deus desperte mais e mais em nosso coração o amor irrestrito e incondicional pela Palavra da Verdade que é vida e salvação para aquele que crê!
Amém! Que assim seja!
Dora Tavares Duarte
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